domingo, 24 de maio de 2009

DEGUSTAÇÃO

ABRA SUA CABEÇA,ABRA UM VINHO BRASILEIRO

VOCABULARIO PARA DESGUSTAÇÃO DE VINHOS E ESPUMANTE

EXAME VISUAL

Durante uma degustação técnica, é utilizado alguns termos para definir com maior precisão os aspectos, os aromas e os sabores do vinho.O primeiro exame que é feito durante uma degustação técnica de vinhos, é o exame visual, onde se observa as lágrimas que o vinho forma na parede da taça, isto se dá o nome de Efeito Marangoni, onde a composição química das lágrimas é principalmente água, e se formam em função da quantidade de álcool no vinho e na espumante. O outro fator que se deve observar no exame visual é quanto a sua limpidez, se possui resíduos sólidos em suspensão, assim denominando-os como turvos e opalescentes. Através deste exame se pode ter a certeza da qualidade que o vinho apresenta, é normal os vinhos tintos envelhecidos apresentarem resíduos em suspensão, neste caso se indica decantar o vinho, transferi-lo para outro recipiente, assim separando-o destas partículas.A intensidade da cor e a tonalidade também são fatores da avaliação, assim os vinhos podem ser denominados quanto a sua intensidade, variando de fraca, média, intensa à profunda. Quanto sua tonalidade, nos vinhos brancos ela pode variar de incolor ao dourado, podendo as vezes passar por um tom esverdeado, amarelo claro e palha. Com os vinhos tintos sua tonalidade é maís ampla, assim vão dos tons clarete, carmim, vermelho-rubi, violeta, púrpura à coloração de tijolos ou telha. Sua tonalidade pode variar de acordo com o grau de maturação das uvas, do processo utilizado na elaboração e a idade que o vinho apresentar.
Exame Olfativo
Durante o Exame Olfativo, são observados três fatores: a intensidade, suas características e à qualidade do produto. Quando falamos da intensidade, podemos determina-lo como nulo, fraco, pobre, rico e aromático, dependendo os aromas que o vinho venha a nos proporcionar. Suas características são enunciadas quando se específica o tipo de sensação que o vinho nos relembra (varietal ou não), se produz sensações de especiarias, essências, floral, frutas, tostados, químico, a animal e vegetal. Através dos aromas primários podemos saber a variedade de uva utilizada. Nos aromas secundários pode-se sentir os aromas que provem do processo de fermentação, e através buquê os aromas adquiridos no envelhecimento.

Exame Gustativo (paladar) e Sensações Tácteis do Vinho
Numa degustação de vinhos, algumas características é que vão determinar a qualidade, quando falamos de exame gustativo, estamos falando sobre as sensações que o vinho nos faz sentir, quanto a intensidade de seus sabores, se este é ácido, e se esta acidez é baixa, fresca, vivaz, acerbo, ácida e acídulo. O vinho também será determinado quanto a sua doçura, se este é seco, doce ou licoroso. Se nos transmite algum sabor salgado, se seu amargor é persistente, e se sua persistência é fugaz, curta, média ou prolongada.As sensações que o vinho nos proporciona em contato com o palato, produz as sensações tácteis, assim o vinho é adstringente, quando sua presença de taninos é acentuada, mas podemos ainda mais especificar, como sua adstringência sendo rugosa, áspero, tânico ou até vazia. A presença de gás Carbônico acentuada, também é um fator, podendo determinar se o vinho é considerado agulha, gaseificado ou mesmo vazio, no caso de não possuir. Apesar de ser determinado nos rótulos sua graduação alcoólica, os vinhos podem ter sua presença mais enfatizada. Há vinhos onde a presença do álcool se torna muito capitosa, cáustica, acentuada, assim personalizando sua identidade. A última das características tácteis é quanto a sua temperatura, o que o vinho passa, se é tépido, quente, gelado ou frio.
VARIEDADES DE VINHOS
MERLOT Originária de Bordeaux, França
O Merlot com sua cor Rubi e sabor herbáceo, produz vinhos tintos, varietal fino, pouco ácidos e menos tânico que o vinho Cabernet Sauvignon, de médio envelhecimento. Outra característica dos Vinhos Merlot são seus aromas e sabores frutados, que nos lembram frutas vermelhas escuras, podendo ocorrer a perda destes aromas quando estes vinhos são envelhecidos no carvalho, tornando-os cada vez mais aveludados. No novo mundo do vinho, conquistou seu lugar, garantido sua presença na Califórnia, Chile, Austrália e Brasil.
CABERNET SAUVIGNON -Originária de Bordeaux, França
das regiões do Médoc e de Graves, também conhecida com Petit Cabernet ou Petit Bouchet. Híbrido natural, do cruzamento das Castas que produzem os vinhos Cabernet Franc e de Sauvignon Blanc, sua origem remonta a época da denominação romana no sul da Gália. Muito utilizado em Bordeaux, mesclando com os vinhos Cabernet Franc, Merlot e algumas vezes com Petit Verdot, desde o século XVIII. De baga pequena, com produtividade de 1/12, proporção entre uva e semente, produz vinhos tintos com acento de tanino e com expressão de cor. Esses vinhos possuem película tinta seco, cor azul escuro e sabor encorpado, assim definindo seus vinhos tintos em varietais finos, de longo envelhecimento. Seu bouquet lembra pimentão verde, possui um forte acento tânico, um pouco duro enquanto jovem, mas com o tempo torna-se aveludado . È uma das espécies mais difundidas pelo mundo, produzindo vinhos tintos de alta qualidade em vários países. No Brasil produz o vinho tinto de maior condição para o envelhecimento. Uma outra característica do vinho Cabernet sauvignon é que é um dos vinhos que mais se beneficia do envelhecimento, chegando a passar de 15 a 30 meses em barris de carvalho franceses ou americanos, tanto novos como usados, revelando aromas de cedro, tabaco e minerais. Os vinhos Cabernet Sauvignon do Chile e da Austrália originam vinhos tintos com aromas de hortelã e de eucalipto. O vinho Cabernet Sauvignon é indicado para acompanhar carnes vermelhas e pratos mais condimentados.
PINOT NOIR-Originária de Borgonha, França,
De película tinta e sabor neutro, produz vinho tinto, varietal fino, deficiente de cor. Vinificado em branco utiliza-se na processo de espumantização por conter alta potencialização de açúcares, sendo sua maior utilização na elaboração de espumantes. O vinho produzido com a uva Pinot Noir é muito delicado, por a casta se romper facilmente, liberando assim o suco da uva. Outra característica do vinho da Pinot Noir é que é de difícil avaliação fora do barril, podendo variar de fraco num dia a exuberante no outro. Para esse vinho atingir sua maturidade, leva-se de 8 a 10 anos,sendo coniderado propício ao envelhecimento. Na região da Alcásia onde se produz vinhos maravilhosos o Pinot Noir é a única casta tinta produzida na região. Na Califórnia houve uma boa aceitação de seus vinhos. De aromas e sabores difererenciados quanto a sua região de produção, nesta obteve vinhos com aromas empireumáticos lembrando o café torrado. Na Borgonha, se obtém vinhos ricos em notas florais, sendo que um dos vinhos produzidos nesta região é o famoso Romanée-Conti. Quando jovens esses vinhos produzidos com a Pinot Noir proporcionam um bouquet que nos lembra frutas vermelhas, com aroma excepcional, elegante, sedutor e de grandíssima classe. Assim é o vinho produzido com a casta Pinot Noir, um Vinho que fala por si.
SAUVIGNON BLANC
Originária de Bordeaux em Pessac-Léognan, Graves, Médoc e Sauternes ou Vale do Loire, França.
Na Nova Zelândia, essa uva obteve um grande sucesso, produzindo um vinho com estilo próprio de vinho branco, muito frutado e perfumado que se espalhou pelos Estados Unidos. De película branca e sabor neutro produz os vinhos brancos mais famosos do mundo, diferenciados, permitindo que estes vinhos sejam envelhecidos em tonéis de carvalho. Seus vinhos brancos são considerados muito secos e com acidez. Uma das características do vinho quando produzida no Vale do Loire, e que garante a presença de aromas minerais. Na Alemanha é conhecida como Muskat Sylvaner, aonde se adaptou bem e produz com alta qualidade e boa quantidade, sendo considerada a mais cosmopolita das Viníferas. Vivos e refrescantes esses vinhos, com aromas e sabores herbáceos lembram folhas de groselha, aspargo em lata, groselhas brancas caracterizando os vinhos produzidos com a Sauvignon Blanc . Os vinhos da uva Sauvignon Blanc, são indicados para serem acompanhados de carnes brancas, sendo também ideais para serem servidos com doces e sobremesas. Uma ótima pedida para apreciadores de um vinho equilibrado, leve e muito perfumado
CARBENET FRANC
Originária de Bordeaux, França, bastante parecida com o Vinho resultado da casta Cabernet Sauvignon, porem com seu paladar mais delicado. Este vinho possue película tinta e sabor herbáceo, origina vinhos mais leves, varietais finos, com menos taninos e com caráter de vegetais verdes. Este vinho é ideal para ser consumido ainda jovem ou com um leve envelhecimento. Pode ser utilizado para cortes de vinhos, com outras uvas, como Malbec, Merlot e Cabernet Sauvignon. No Vale do Loire é utilizado para a elaboração dos vinhos roses de Anjou, e a casta pura é utilizada para a elaboração do vinho Chinon e do vinho Bougueil. È a principal uva usada no famoso vinho Château Cheval Blanc. Uma das principais características são os seus sabores de pimenta-verde, groselha preta, casca de batata, chocolate e morango, que identifica este vinho. De cor rubi -vivo, brilhante, equilibrado, maduro compõe um excelente bouquet. O vinho Cabernet franc é ideal para ser apreciado com carnes vermelhas e caças.
CHIANTI
Originária da região da toscana, entre Florença e Siena, Itália. Este vinho é associado com as garrafas revestidas de palha chamadas Fiaschi, e que se popularizou em função desta ser soprada à mão e revestida por palha. A história nos conta que o Barão Bettino Ricasoli, desenvolveu uma fórmula para este vinho, e assim mais tarde serviu de modelo para todos os produtores do vinho Chianti. Nesta fórmula era especificada a quantidade de cada casta a ser utilizada para que assim fosse determinado vinho chianti. Hoje, não se utiliza tanto castas brancas em função de tornar o vinho muito leve. Este vinho é um blend com castas tanto tintas como brancas, permitindo ficar pronto mais cedo. O vinho ou blend Chianti clássico apresenta graduação alcoólica mínima de 12 graus, além de possuir um grande potencial para o envelhecimento, sendo mais rico e encorpado que o vinho Chianti comum. O vinho clássico reserva deve ter sua graduação acima de 12,5, além de ser envelhecido por no mínimo 24 meses em tonéis de madeira, barricas ou tanques, sendo que o mínimo exigido em barricas ou tonéis de madeira seja de 2 anos, proporcionando assim mais concentração de frutas, estrutura e riqueza ao vinho. Após ter permanecido este tempo descansando, deverá ainda ficar mais 3 meses resfriando na garrafa. Existe até uma simbologia para se identificar um vinho Chianti,um galo preto rodeado de um fundo que pode ser vermelho ou dourado, no qual esta cor determinará se esse vinho é reserva ou não.
CHENIN BLANC
Originária de Pineau de La Loire, França. Produz vinhos brancos doces de grande longevidade, muito frutados Os fatores climáticos de Loire variam, nos anos que são favoráveis a quantidade de sol, se extraem vinhos doces e frutados, com toque de mel e que abrandam sua áspera acidez. A acidez é um fator positivo para vinhos como Saumur, Vouvray e o vinho Montlouis. Produz também vinhos doces gloriosos, com o sabor de mel atenuado, muito equilibrados com a acidez como os dos vinhos Botrytis do médio Loire. Uma das suas características deste vinho e seu sabor inconfundível, que lembra maçãs, damascos, nozes, massapan e mel. È cultivada na África do Sul, é conhecida como Steen, onde se produz vinhos simples, suaves, ácidos, frutados e suavez. Na Nova Zelândia por sua vez produz vinhos secos e elegantes com personalidade.

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